> >
Disputa por emprego em supermercado supera a de vestibular no ES

Disputa por emprego em supermercado supera a de vestibular no ES

Média de 22,7 candidatos por cada oportunidade aberta por um supermercado em Vitória é maior que concorrência pelo curso de Medicina da Ufes, por exemplo

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 23:25

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Filas para emprego em supermercado de Vitória . (Marcelo Prest )

A cena de mais de 3 mil pessoas disputando as 132 vagas de trabalho oferecidas por uma rede de supermercados na sexta-feira, 19 em Vitória, que evidenciou o drama do desemprego no Brasil, chama ainda mais atenção quando se leva em conta a concorrência por esses postos de trabalho.

Trata-se de uma média de 22,7 concorrentes para cada oportunidade. A relação candidato por vaga, nesse caso, chega a ser maior que a concorrência na maioria dos cursos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), incluindo o de Medicina, que teve 14,37 concorrentes por vaga no processo seletivo do Sisu no primeiro semestre de 2018.

Conquistar o emprego equivale a praticamente passar em vestibulares disputados da Ufes, como de Arquitetura e Administração, que tiveram 23,66 e 25,86 candidatos por vaga, respectivamente, na seleção do início do ano.

Tamanha concorrência se dá pelo cenário de desemprego. No Estado, mais de 350 mil pessoas estão desocupadas ou subempregadas segundo o IBGE, o que instiga a procura gigantesca por oportunidades como a que foi vista em Vitória.

Filas para conseguir emprego em supermercado de Vitória . (Marcelo Prest )

Para se dar bem nessa disputa difícil, uma dica é se aperfeiçoar durante o período em que inativo no mercado de trabalho, aconselha a diretora da Rhopen, Jaciara de Oliveira Pinheiro. “Use esse tempo para fazer cursos online, assistir à palestras e, principalmente, para refletir sobre os erros que tenha cometido no último emprego para não cometê-los novamente”, orienta.

A especialista em recursos humanos destaca que o mercado de trabalho se afunilou nos anos de crise e está priorizando a contratação de profissionais abertos e polivalentes. “Hoje a gente tem muita gente qualificada, mas com pouca proatividade, capacidade de pensar fora da caixa, inciativa no sentido de reclamar menos e fazer mais”, comenta.

DICAS PARA TURBINAR O CURRÍCULO

Seja objetivo

O recrutador gasta, em média, de três a seis segundos para olhar o currículo de um candidato. Seja objetivo e priorize as informações que realmente farão diferenças para aquela vaga que você está disputando.

Formação

Especifique a sua formação com clareza. Nessa parte, não coloque palestras e cursos livres, que podem ser citados no final do currículo.

Organização

As informações devem ser organizadas e seguir uma lógica. No pouco tempo usado pelo recrutador para analisar o currículo, ele deve se sentir instigado a conhecer e entrevistar o candidato.

O que não pode deixar de ter

O currículo não pode deixar de ter os dados do candidato e como encontrá-lo, qual oportunidade ele está buscando, suas principais formações e experiências.

Capricho

O currículo vai falar sobre você. Tenha cuidado com erros de português, mentiras ou informações exageradas.

Foto

Este vídeo pode te interessar

O currículo não obrigatoriamente precisa ter foto. Mas, se for ter foto, ela precisa retratar um profissional. Essa imagem precisa ter boa nitidez. Cuidado com excesso de maquiagem, com barba mal feita, com a pose e a roupa escolhida.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais