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Copom surpreende mercado e mantém Selic a 6,5% ao ano

Copom surpreende mercado e mantém Selic a 6,5% ao ano

Comitê seguiu o que poucos analistas esperavam e mostrou preocupação com o cenário econômico, levando ao fim do ciclo de juros de forma antecipada

Publicado em 16 de maio de 2018 às 21:28

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O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu manter nesta quarta-feira (16) a Selic em 6,5% ao ano. Todo o mercado esperava por um corte de 0,25 ponto porcentual, que levaria a taxa para 6,25% ao ano. A taxa já é a menor desde o início do regime de metas de inflação, em 1999, e a mais baixa de toda a série histórica do BC, iniciada em 1986.

Copom surpreende, mantém a Selic em 6,5% e encerra ciclo de corte de juros. (Pixabay)

“Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e, principalmente, do balanço de riscos tornou desnecessária uma flexibilização monetária adicional para mitigar o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas”, informou o órgão em nota.

A manutenção da Selic surpreendeu, pois o próprio órgão do BC sinalizou em março que haveria um novo corte de juro se a inflação continuasse baixa, como vem acontecendo.

Em nota, o Copom deixa claro que sua decisão foi motivada pelo risco inflacionário gerado pela valorização global do dólar. “O cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade. A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais. Como resultado, houve redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes”, afirma o órgão.

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Na reunião desta quarta-feira, o Copom deixou claro que não deve reduzir a taxa de juros nas próximas reuniões. “Para as próximas reuniões, o Comitê vê como adequada a manutenção da taxa de juros no patamar corrente. O Copom ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.”

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