Dívida pendente é algo que tira o sono de qualquer um, e é um problema que atinge boa parte da população. Só no Espírito Santo, 654.566 pessoas estavam inadimplentes e com o nome cadastrado no SPC Brasil, segundo dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Vitória. O número é referente a cadastros até 31 de janeiro.
Para quem sofre com essa situação, uma das soluções mais indicadas por especialistas é renegociar os débitos. Para sair das dívidas de cartão, cheque especial e empréstimos, entre outros, bancos e financeiras oferecem descontos que podem chegar a 100% dos juros.
Quem tem dívida com o Banestes, por exemplo, poderá ter alongamentos dos prazos em até 48 vezes, descontos nos juros de mora de até 100% e taxas diferenciadas. Em pagamentos à vista, os descontos podem ser ainda maiores, diz o banco.
Para o diretor de Negócios e Recuperação de Ativos do banco, Luiz Carlos Doná, todo início de ano é o momento ideal para quem quer se acertar financeiramente. Quitar ou renegociar suas dívidas logo no começo gera uma tranquilidade maior para os planos e até imprevistos que virão, afirma.
Outro banco que oferece condições atraentes para acabar com as dívidas é a Caixa Econômica Federal. Até 31 de março, o banco está com a campanha Quita Fácil, voltada para pessoas físicas e jurídicas com contratos de crédito em atraso os descontos sobre o valor original da dívida, nos casos de pagamento à vista, podem chegar a até 90%.
A partir de segunda-feira, um caminhão da campanha estará no Centro de Vila Velha, na Praça Duque de Caxias, funcionando como uma agência da Caixa para atender clientes. Segundo a superintendente Margareth Vieira Ribeiro, contratos comerciais e financiamentos habitacionais em atraso podem ser renegociados.
O Sicoob é outro banco que em janeiro teve uma campanha de renegociação, que chegou a oferecer descontos de 65% nos juros. Após o fim dessa campanha, a cooperativa informa que analisa todas as propostas de renegociação, e os descontos e prazos dependem do tempo de atraso da dívida.
Na hora de negociar, porém, é preciso tomar alguns cuidados. Não adianta sentar com o credor se não tem condições financeiras de pagar a dívida. O consumidor tem que ver a atual situação financeira, e se dá para pagar as parcelas, avalia o professor de economia e finanças da Multivix, Jonair Pereira da Costa.
Para fazer esse diagnóstico e saber o quanto o consumidor pode pagar, é preciso colocar no papel a renda mensal, as despesas e ver quanto vai sobrar para quitar dívidas, diz Costa. Tem que levantar gastos com alimentação, saúde, transporte, moradia, e enxergar quanto tem de capacidade de pagar as parcelas da dívida.
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