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Alta do dólar encarece matéria-prima e pressiona indústria

Alta do dólar encarece matéria-prima e pressiona indústria

Moeda americana subiu 18% no 1º semestre pressionando as margens de lucro, que já estavam apertadas

Publicado em 17 de julho de 2018 às 10:03

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Dólar. (Reprodução/ Pixabay)

A alta de 18% do dólar no primeiro semestre fez subir os custos com matéria-prima e investimentos, principalmente na indústria, num momento em que as empresas já estão com pouca gordura para queimar. Isso pode levar as companhias a adiar investimentos e contratações. Um levantamento do Bradesco indica que as altas de custo no atacado, nos últimos 18 meses, vêm sendo absorvidas antes de chegar ao varejo.

A valorização do dólar encarece a compra de insumos importados ou cotados na moeda americana. Em condições normais, as empresas reajustariam preços, mantendo seus ganhos e acelerando a inflação ao consumidor. Só que, no quadro atual, por causa da grande recessão de 2014 a 2016 e da recuperação ainda lenta da economia, as famílias estão consumindo menos.

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O estudo do Bradesco sugere que as empresas já estão absorvendo altas de custos desde o início do ano passado, porque há um descompasso entre a inflação de bens industriais no atacado e os preços ao consumidor. Na conta dos economistas do banco, se o padrão histórico de repasse entre atacado e varejo fosse mantido, a inflação de manufaturados ao consumidor deveria estar em 3,5%, no acumulado em 12 meses até junho, quase duas vezes acima do efetivamente registrado (1,9%).

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