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O desejo pelo outro

O desejo pelo outro

O fato é que muitas pessoas têm perdido o desejo pela outra pessoa, muitas vezes pelo cansaço da rotina, do comodismo, pela falsa estabilidade que gera um relacionamento

Publicado em 11 de outubro de 2019 às 19:07

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É com imensa gratidão que iniciamos mais uma etapa dessa transformação digital. E com muito carinho para você, que é nosso leitor, a minha coluna “À Flor da Pelles” vem para falar de tudo que realmente te deixa à flor da pele. Por isso sua participação é muito importante. Dê sugestões e críticas, pois este espaço é nosso.

Para começar peguei a inspiração da música Flor da Pele, de Zeca Baleiro: “Ando tão à flor da pele, que meu desejo se confunde. Com a vontade de não ser, ando tão à flor da pele, que a minha pele tem o fogo do juízo final... Oh sim eu estou tão cansado, mas não pra dizer, que não acredito mais em você”.

Vamos analisar pela ótica atual e sexual o desejo que muitas pessoas chamam de “libido”. Esse desejo hoje tem sido ligado à vontade de se ter relação sexual, mas ele vai além. E quando olhamos o cenário, encontramos pessoas com vontade de não ser casadas ou de não ser sozinhas, mas outras tantas queimando em desejo, mesmo estando dentro de um relacionamento.

O fato é que muitas pessoas têm perdido o desejo pela outra pessoa, muitas vezes pelo cansaço da rotina, do comodismo, pela falsa estabilidade que gera um relacionamento. Mas acredito que, de fato, o que há realmente é a perda pela admiração a quem a outra pessoa representa depois de um tempo de relacionamento.

Muitas pessoas passam a ter desejo quando se sentem amadas. Com o tempo essa conexão vai gerando um sentimento. Vamos imaginar que, se a relação já tem mais de dois anos, isso é amor. O grande problema é que cada um demonstra de um jeito, ou seja, o jeito que se sabe demonstrar amor ou o jeito que gostaria de receber. Mas muitas vezes não é a forma que você gostaria que essa pessoa demonstrasse - e aqui já se inicia uma série de conflitos.

E por não sentirem amor, muitas pessoas relatam que há uma sensação de vazio interior, que colocam o cansaço na frente para não se permitirem sentir esse vazio. O reflexo disso é que muitas pessoas manifestam inseguranças, baixa autoestima e desânimo. E tudo isso, quando somado, leva à perda da admiração, que é exatamente onde queria chegar. Muitas pessoas encontram aqui o lugar onde perderam o desejo, a “libido”. Não admiram mais a pessoa com a qual se relacionam, pois não se sentem amadas. É nítido que estão com baixa autoestima e inseguras, levando a uma frustração e ausência total de admiração. E isso se torna um ciclo que faz com que cada vez mais a pessoa se afaste. Agora é a hora de quebrar isso.

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O primeiro passo para mudar isso é decidir: como amar, não depender de aprovações e nem elogios para se sentir bem e amada(o), sensualizar, se olhar todos os dias pela manhã e se amar exatamente como você é. Isso é uma decisão! Coloque menos defeitos, veja menos imperfeições e gordurinhas. Na maioria dos casos, os maiores carrascos de nossas vidas somos nós mesmos. Nos exigimos demais, fazemos tantas coisas em um dia e ainda assim achamos que fizemos pouco. O segundo passo é aprender a comemorar pequenas vitórias. E decidir que, para amar alguém, primeiro tem que amar a si, pra depois transbordar amor para o outro. E por fim, entenda que desejo também é decisão. Na próxima semana, vamos falar mais disso. Anota aí que sexta que vem tem mais!

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