A palavra ‘padrão’ tem sido pauta para diversas discussões nos últimos tempos. A necessidade de desmistificar rótulos e pré-conceitos sociais ganha força através de notórios movimentos, e isso tudo nos abre portas para um novo olhar sobre nós mesmos.
O modelo de beleza mudou muito ao longo dos anos. Na década de 50, mulheres curvilíneas, como a atriz Marilyn Monroe, tomavam as telas dos cinemas e da mídia, instituindo um novo padrão. Hoje, a magreza reina nas passarelas da moda. Há raras exceções, mas a grande maioria das marcas são representadas por corpos esguios - e até mesmo cadavéricos - que se tornaram um novo - e quase impossível - padrão a ser alcançado pelas mulheres.
O que podemos observar sobre isso? A história se transforma, novos padrões se estabelecem, e a gente fica pra lá e pra cá tentando descobrir quem somos e o que queremos ser.
Quão importante e sadio é desconstruir um padrão? Desconstruir uma ideia que talvez não faça mais sentido pra nós, mas ainda assim insistimos por conta de algumas convenções?
O ser humano tem cansado de estar dentro de uma caixinha. Caixinha essa que aprisiona muitos de nós, não é mesmo? Caixinhas que podem até nos adoecer, já parou para pensar nisso?
Mas os tempos mudaram - ou estão mudando - e já estava mesmo na hora.
Cada vez mais temos acompanhado campanhas de grandes marcas aderindo a mensagem de representatividade. Esta semana nos deparamos com uma montagem de imagens que despertou bastante reflexão: dois outdoors de campanhas publicitárias da linha de peças íntimas e de esportes da grife Calvin Klein. Um de 1999, com uma modelo branca, magra e loira, e a atual campanha, com uma modelo negra e gorda. Amigo, leitor, isso se chama EVOLUÇÃO!
E não paramos por aí. A Victória Secret assinou com o primeiro modelo Curvy da história da marca e - mudando para o cenário musical, Lizzo Beating, cantora Plus Size está nas maiores paradas da BILLBOARD com suas canções de empoderamento feminino.
MAIS UMA VEZ, EVOLUÇÃO!
E antes que você pense: "ah, virou moda essa onde de representatividade!" , eu digo: não é moda, é a história mais uma vez criando seus novos olhares, olhares esses que estávamos precisando - há tempos. E essa nova era não irá desaparecer, não podemos e não iremos retroagir, o avanço só nos enriquece e nos humaniza.
Ouvi de uma amiga e jamais esquecerei: não é porque algo está enraizado em nossa educação, crenças, costumes, que não deve ser desconstruído.
A DESCONSTRUÇÃO LIBERTA!
O que nos cabe é a permissão. Permita a si mesmo mudar de ideia, permita-se ter um novo olhar!
O tradicionalismo nos educou, nos agregou, mas nem sempre continuará nos enriquecendo. Precisamos dar boas-vindas a novas concepções.
Hoje te convido a usar aquela roupa que está guardada há um certo tempo no seu armário, ou experimentar uma comida bem diferente. Não tenha medo de se arriscar, desconstruir padrões é abraçar uma oportunidade imensa de autoconhecimento.
Este vídeo pode te interessar
Descontrua-se e sinta na pele o sentimento de apaixonar-se novamente pela vida.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.