Aos 98 anos, Academia Espírito-Santense de Letras mantém vitalidade

A AEL conta apenas com pequena contribuição financeira de seus membros para manutenção da sede

Publicado em 29/08/2019 às 19h00
Prédio da Sede Espírito-Santense de Letras. Crédito: Edson Chagas/ Arquivo
Prédio da Sede Espírito-Santense de Letras. Crédito: Edson Chagas/ Arquivo

A Academia Espírito-santense de Letras completa 98 anos no dia 4 próximo, pois foi fundada em 4 de setembro de 1921. É uma associação cultural civil, sem fins lucrativos, e sua sede é a antiga casa do prof. Kosciusko Barbosa Leão, na Cidade Alta. Tem por finalidade o cultivo da língua nacional e das Belas Artes, dentro do espírito de fraternidade que vincula o Espírito Santo aos demais Estados brasileiros e países do mundo.

São finalidades da Academia Espírito-santense de Letras: incentivar a cultura; promover a criação de associações culturais; divulgar a leitura e incentivar a criação de associações culturais; divulgar e incentivar a criação de bibliotecas; promover concursos literários; realizar cursos e reuniões de altos estudos; reeditar a obra de seus patronos e acadêmicos; editar publicação literária periódica; propugnar pela edição de obras de literatura, história e cultura do Espírito Santo; manter biblioteca e arquivos próprios; manter intercâmbio com outras associações; participar de projetos que visem à integração cultural das nações de língua portuguesa; realizar pesquisas com vista ao desenvolvimento literário e cultural do Espírito Santo.

A atual diretoria, cujo mandato se encerrará ao final de 2019, tem-se empenhado no cumprimento das finalidades da Academia Espírito-santense de Letras e, para isso, tem realizado parcerias constantes com os órgãos que coordenam projetos culturais no Espírito Santo.

Com a Secretaria Estadual de Cultura, desenvolve o projeto “Academia vai à escola”, e com a Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Vitória, desde 2008, faz convênio para a publicação de livros, tendo publicado, nesse período, 17 livros da coleção Roberto Almada, 18 títulos da coleção José Costa e dez edições da série “Escritos de Vitória”.

Alguns de nossos acadêmicos têm recebido prêmios nacionais e internacionais; a maioria tem publicação constante de livros e artigos, alguns possuem sites e blogs literários, o que demonstra sua atualização com as novas tecnologias e sua profícua produção literária.

A AEL conta, exclusivamente, com pequena contribuição financeira de seus membros para a manutenção de sua sede, na Cidade Alta, o que nos impede de manter funcionário e ter sua sede permanentemente aberta. Aos 98 anos de idade, a Academia Espírito-santense de Letras mantém sua vitalidade e reconhece o seu lugar e a importância que sempre ocupou na sociedade capixaba como órgão cultural de prestação de serviço, de assessoria e de engrandecimento da cultura capixaba, mas, sobretudo, de guardiã da memória literária capixaba.

Estamos próximos de completar um século de existência, certos de que “a literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna compreensivos para com a natureza, a sociedade e o semelhante”, conforme Antônio Cândido.

 

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