O comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), coronel Moacir Barreto, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Cerqueira, abriram nesta segunda-feira uma frente de diálogo e de negociação com as associações de representação dos soldados e cabos (ASC), sargentos e subtenentes (Asses) e oficiais (Assomes).
A reunião foi realizada às 17h30, no Quartel de Maruípe, sede do Comando Geral da PMES. Na ocasião, Barreto e Cerqueira ouviram a pauta de reivindicações dessas entidades de classe, que cobram, entre outros pontos, reposição salarial e valorização das categorias.
O encontro consta inclusive na agenda oficial do comandante-geral da PMES, disponível na página oficial do governo do Estado.
Nos últimos meses, os policiais e bombeiros militares têm pressionado o governo Casagrande por concessão de reajuste salarial. Em julho, em parceria com os policiais civis, lançaram a Frente Unificada de Valorização Salarial dos Policiais Civis e Militares e Bombeiros Militares.
Representantes das associações ouvidos pela coluna saíram satisfeitos da reunião.
Segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados, cabo Jackson Eugênio, essa foi a primeira vez que eles se sentaram em torno da mesma mesa com representantes do governo para discutir, especificamente, a pauta salarial. Não ouviram dos comandantes nenhuma promessa nem garantia, mas sentiram boa vontade em dialogar.
Eugênio definiu a reunião como um “início de diálogo”.
“Foi um início de diálogo para buscarmos a recomposição das nossas perdas salariais ao longo dos anos. Desde o início do ano, a gente vem falando da necessidade de se construir um cronograma para discutir a questão salarial. Não tínhamos tido ainda a possibilidade de sentar com um representante do governo. Eles nos receberam e falaram que há uma intenção por parte do governo de analisar a questão da recomposição das perdas salariais para os servidores públicos do Espírito Santo em geral.”
Segundo o representante dos cabos e soldados, eles pediram ao coronel Barreto para marcar uma próxima reunião entre eles e secretários do governo Casagrande que tratem das questões financeiras e orçamentárias.
Segundo o presidente da Associação dos Oficiais Militares (Assomes), coronel Marcos Aurélio Capita da Silva, eles foram bem recebidos e saíram com a expectativa de uma abertura maior para negociar a pauta com o governo.
“O comandante nos recebeu muito bem. Foi uma agenda solicitada pelas associações no sentido de a gente conversar sobre demandas gerais da categoria. Uma delas é a questão salarial. Ele ficou de analisar nossas demandas e nos chamar em reuniões futuras.”
Além da luta por reposição salarial, Capita destaca outro ponto da pauta de reivindicações da Assomes apresentado nessa reunião: que o governo passe a exigir bacharelado no curso de Direito como pré-requisito para ingresso no Curso de Formação de Oficiais (CFO).
Em evento no último dia 5, o governador Renato Casagrande (PSB) declarou publicamente que todos os servidores públicos estaduais terão "algum reajuste" em 2020. Ele não precisou o valor, contudo. Para o atual exercício, não há previsão de aumento salarial para nenhuma categoria.
POSICIONAMENTO OFICIAL
Por meio da assessoria de imprensa, o Comando Geral da PMES informou que esta não foi a primeira vez que os comandantes receberam representantes das associações, mas que essa tem sido uma prática permanente desde o início do atual governo, “numa postura de diálogo constante para análise de propostas e sugestões que melhorem as condições e valorizem os policiais militares e bombeiros militares, não apenas recomposição salarial”.
Confira a nota completa:
Os Comandantes-Gerais PM e BM têm adotado a rotina, desde o início de seus Comandos, de receberem as Associações representativas de classes para ouvir os pleitos e anseios dos militares estaduais, numa postura de diálogo constante para análise de propostas e sugestões que melhorem as condições e valorizem os policiais militares e bombeiros militares, não apenas recomposição salarial.
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Nestas reuniões com as entidades também são oportunamente transmitidas orientações e informações gerais quanto à política de segurança pública que vem sendo implementada dentro do programa Estado Presente.
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