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'Vou vencer esse desafio', diz Bruno Covas após diagnóstico de tumor

'Vou vencer esse desafio', diz Bruno Covas após diagnóstico de tumor

Prefeito de SP se diz otimista ao saber de tumor detectado por exames em seu trato digestivo

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 11:08

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Bruno Covas. (Reprodução/TV Globo)

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), se manifestou nesta segunda-feira (28) após ter sido diagnosticado com um tumor no trato digestivo.

"Não tenho dúvidas que vou vencer esse desafio. Quero agradecer as centenas de mensagens que tenho recebido de inúmeras pessoas. Ajuda muito a atravessar a tempestade", disse ele pelas redes sociais.

No post, o prefeito compartilhou uma imagem de seu último boletim médico e a hashtag "enfrentando".

Neste domingo (27), exames realizados no hospital Sírio-Libanês, onde Covas está internado, localizaram um tumor na região do intestino de Covas.

Ele foi submetido a uma laparoscopia diagnóstica -cirurgia menos invasiva, realizada por meio de vídeo, que coleta material para biópsia. Será esse exame que permitirá saber se o tumor é benigno ou maligno.

No sábado (19), Covas sentiu-se mal, passou pelo pronto-socorro do hospital Albert Einstein e começou a fazer tratamento com antibióticos.

Ele apresentou melhora nos dias seguintes, mas piorou na quarta-feira (23), quando procurou o infectologista David Uip, que confirmou o diagnóstico de infecção na pele, mas decidiu recomendar a internação no Sírio-Libanês para mais investigações.

A essa altura, a perna do prefeito estava inflamada, e a panturrilha dura, o que sugeriria uma trombose venosa profunda, o que foi confirmado por uma tomografia. Ainda na quarta, ele iniciou o uso de antibióticos na veia e heparina.

Exames posteriores diagnosticaram um tromboembolismo nos dois pulmões--quando um coágulo se desloca de alguma região do corpo para o pulmão.

Segundo médicos ouvidos pela Folha, os responsáveis pelo tratamento de Covas devem ter decidido investigar se existia uma causa para o problema, já que o prefeito não faz parte do grupo de risco clássico para trombose, que são pessoas do sexo feminino, tabagistas, em uso de anticoncepcionais e pessoas com mobilidade reduzida ou que tenham feito recentemente uma viagem longa, entre outros.

O pet scan foi realizado na investigação desse quadro, uma vez que o câncer é um fator de risco conhecido para trombose. O exame revelou o tumor e alguns gânglios na barriga, que serão biopsiados.

A descoberta surpreendeu a equipe médica, porque o prefeito em nenhum momento apresentou sintomas clássicos de um câncer no aparelho digestivo, como perda de peso (ele mantém o mesmo há dois anos).

Ele é saudável, faz academia cinco vezes por semana e não tem histórico familiar de câncer nessa região. O avô dele, Mario Covas, ex-governador de São Paulo, morreu em 2001 em decorrência de um câncer na bexiga.

"É algo totalmente incomum, porque ele não apresentava nada demais, nem no pulmão", diz Uip. Segundo ele, é precipitado afirmar que o prefeito tem algum tipo de câncer. "Tumoração é tudo que aumenta. Pode ser benigno ou maligno", afirma.

O prefeito está sendo acompanhado pelas equipes médicas coordenadas por Uip, Roberto Kalil Filho, Tulio Eduardo Flesch Pfiffer, Artur Katz e Raul Cutait.

Não há previsão para que o prefeito de São Paulo receba alta.

SUCESSÃO

Até sexta (25), Covas continuava à frente da prefeitura, despachando com os secretários de dentro do hospital. 

Ainda não há uma definição sobre um possível pedido de licença e afastamento de Covas -o que precisa ser ratificado pela Câmara.

Caso isso ocorra, quem assumiria a administração municipal é o presidente do Legislativo municipal, vereador Eduardo Tuma (PSDB), uma vez que Covas foi eleito vice-prefeito na chapa do atual governador e ex-prefeito João Doria (PSDB).

De acordo com a Lei Orgânica do Município de São Paulo, em caso de impedimento ou vacância dos cargos de prefeito e vice-prefeito, e tendo já decorrido dois anos de mandato, o presidente da Câmara assume por 30 dias. 

Após esse período, uma eleição indireta deve ser realizada pela Câmara para os dois cargos, com a indicação de apenas uma chapa por partido.

Cabe à Mesa Diretora editar as regras que regulamentarão esse processo eleitoral. E os eleitos, para prefeito e vice, devem cumprir apenas o período restante do mandato.

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Covas está no penúltimo ano de mandato.

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