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Vítimas de Barueri afirmam que bebida estava lacrada, diz polícia

Vítimas de Barueri afirmam que bebida estava lacrada, diz polícia

Os quatro sobreviventes foram ouvidos nesta segunda (18); estado das vítimas é estável

Publicado em 19 de novembro de 2019 às 08:32

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Pessoas em situação de rua são amparadas após beberem líquido de uma garrafa oferecida ao grupo e passarem mal. (Divulgação/Polícia Militar)

Os moradores de rua internados após ingerir uma bebida suspeita em Barueri no último sábado (16) afirmaram à polícia que a garrafa estava lacrada quando chegou até o grupo. 

Renilton Ribeiro Freitas, 43, Silvia Helena Euripes, 54, Vinicius Salles Cardoso, 31, e Sidnei Ferreira de Araújo Leme, 38, foram ouvidos nesta segunda (18). Estão todos internados em estado regular e estável, segundo a prefeitura.

No domingo (17), autoridades chegaram a falar em uma suposta nona vítima da bebida, Paulo Cezar Pedro, 41, mas a polícia afirmou nesta segunda (18) que ele não a tomou --após ajudar a socorrer as vítimas, as quais conhecia, foi até um bar e, ao sair, tropeçou e bateu com a cabeça. 

De acordo com o delegado Anderson Giampaoli, titular da Delegacia de Barueri, que conduz as investigações, todos os sobreviventes sustentam a afirmação de que deslacraram uma garrafa de cachaça. 

Ele diz que a polícia não descarta a possibilidade de que a bebida tenha passado por algum problema na hora da fabricação, nem que a garrafa seja falsificada, ou tenha sido envenenada.

O conteúdo do frasco é analisado pelo Instituto de Criminalística, que deve dar um parecer à polícia até o fim da semana. Também são aguardados os exames necroscópicos, que vão informar a causa da morte e se havia alguma substância, como veneno ou droga, no sangue das vítimas. 

Foi Vinicius quem levou a bebida até o grupo. Ele relatou em depoimento que foi para a região da cracolândia, em SP, na quinta (14) de manhã. 

Na sexta (15), enquanto pedia dinheiro em um semáforo, um homem apareceu e ofereceu a ele uma garrafa de cachaça, afirmou. Não soube dizer o nome da rua ou descrever a aparência do homem ou do carro. 

Ainda segundo seu depoimento, não tomou a bebida porque já estava muito alcoolizado. Guardou-a na mochila e foi a pé de São Paulo para Barueri, um trajeto de cerca de 30 km. No dia seguinte, foi até a praça encontrar com as outras vítimas. 

Os mais velhos foram os primeiros a beber. O grupo tomou metade da garrafa. "Os que conseguiram vomitar, sobreviveram", diz o delegado. 

Os próximos passos da investigação serão analisar as imagens de câmeras de segurança, ouvir testemunhas e ver o resultado dos laudos. 

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Os mortos foram identificados como Edson Sampaio da Silva, 40, Luiz Pereira da Silva, 49, Marlon Alves Gonçalves, 39, e Denis da Silva, 33.

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