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STF forma maioria para liberar repasse de dados sigilosos

STF forma maioria para liberar repasse de dados sigilosos

Os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia formaram a maioria de seis votos para permitir o compartilhamento amplo de dados da Receita

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 17:09

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Ministros do STF discutem a liberação de informações financeiras sem a necessidade de autorização judicial. (Carlos Alves Moura/STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quinta-feira (28) o julgamento sobre o uso de dados sigilosos em investigações sem autorização prévia da Justiça e formou maioria para liberar o compartilhamento de informações pela Receita com o Ministério Público, sem restrições.

A situação do antigo Coaf, rebatizado de Unidade de Inteligência Financeira (UIF), não é bem clara. Somente o ministro Dias Toffoli fez ressalvas quanto ao procedimento de repasse de dados pela UIF.

Toffoli também votou por proibir a Receita de compartilhar extratos bancários e declarações de IR na íntegra.

Já os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia formaram a maioria de seis votos para permitir o compartilhamento amplo de dados da Receita, inclusive dos documentos na íntegra.

Esse grupo não fez ressalvas à atuação da UIF. Parte dele (Barroso, Rosa e Cármen) votou para que o tema da UIF nem sequer faça parte do julgamento, pois o processo original tratava apenas da Receita.

O tema da UIF entrou no processo em julho, quando a defesa do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, pediu ao STF para suspender uma investigação sobre ele no Rio de Janeiro.

A investigação havia partido de um relatório da UIF. Toffoli paralisou, na ocasião, todas as investigações e ações penais do país que haviam usado dados detalhados de órgãos de controle (Receita, UIF e Banco Central) sem autorização judicial prévia.

Ao final, os ministros deverão fixar uma tese que servirá de norte para a atuação dos órgãos de controle.

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Se a UIF for incluída na tese e não houver ressalvas à sua atuação, como votou a maioria, a apuração sobre Flávio deverá estar liberada para prosseguir.

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