Pré-candidata ao governo do Estado, a senadora Rose de Freitas (Podemos) convidou neste domingo (15) o também senador Magno Malta (PR) para construir uma aliança em torno de seu nome para o Executivo estadual.
Para Malta, pesam algumas dificuldades. O senador capixaba é apoiador do pré-candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, mas o partido de Rose também tem um nome na disputa pelo Planalto, Álvaro Dias. O PSL também tem pré-candidato ao Palácio Anchieta, o Coronel Foresti. Malta garante, no entanto, que são várias as conversas.
O senador destacou que Rose já a apoiou no passado: "A nossa aliança é antiga. Ela me apoiou para senador e eu a apoiei também".
Rose de Freitas informou, via assessoria, que o encontro foi para que ela pudesse expor seus pensamentos sobre o processo eleitoral e analisar possíveis coligações.
ARTICULAÇÃO
Em um dia de intensas articulações políticas, de um lado se reuniram os 10 partidos da base aliada. Do outro lado, lideranças que apoiam Rose se reuniram na noite de domingo, e discutiram possíveis alianças para atrair partidos da base governista.
O presidente estadual do PSD, Neucimar Fraga, disse que o prefeito de Viana, Gilson Daniel (Podemos), que é do partido de Rose, também o procurou em busca de apoio. A assessoria de Daniel não confirmou o contato, mas informou que o prefeito passou o dia todo em reuniões, conversando com todos os partidos.
"Conversamos com alguns partidos que não são da base. O Gilson Daniel nos procurou para falar sobre um projeto junto com a Rose", afirmou Neucimar.
GOVERNO
Depois da definição de que Amaro Neto (PRB) será candidato a senador, a disputa entre os governistas pela vaga para o Palácio Anchieta ficou entre o senador Ricardo Ferraço e o vice-governador César Colnago, ambos do PSDB, e o professor da Fucape Aridelmo Teixeira (PTB).
Ferraço foi procurado neste domingo pela reportagem e sua assessoria informou que o tucano é pré-candidato ao Senado.
O bloco governista também debateu sobre um nome para o governo. No fim da tarde de domingo, o presidente estadual do MDB, deputado federal Lelo Coimbra, Colnago e Neucimar tiveram um encontro.
"Estamos conversando, tentando prospectar alianças proporcionais. O César precisa dessa manifestação dos partidos para poder se posicionar junto com o Ricardo", disse Neucimar. Segundo ele, uma nova reunião do bloco acontece na manhã desta segunda-feira (16).
Já Sérgio Vidigal (PDT) afirmou que ainda não decidiu quem deve apoiar, uma vez que a questão nacional ainda pesa em seus movimentos, pois ele precisa garantir palanque para Ciro Gomes, que é candidato a presidente. O partido vem conversando com o PSB de Renato Casagrande, mas nenhuma aliança foi fechada.
"Não vou me posicionar antes do PDT nacionalmente. A convenção vai ser dia 20", disse Vidigal.
Divergências no PSD sobre escolha do grupo
Um dos partidos que compõe a base do governo, o PSD enfrenta uma divergência interna. O secretário-geral do partido, deputado estadual Enivaldo dos Anjos, quer toda a Executiva participando da discussão sobre alianças para eleições majoritárias e acusa o presidente da legenda, Neucimar Fraga, de querer articular sozinho um apoio do PSD a uma candidatura ao governo do vice-governador César Colnago (PSDB).
"A escolha deve ser apreciada pela Executiva toda e acho que o partido tem que primeiro fazer a coligação na proporcional e não ficar sendo engolido pelo PSDB, que nada tem a acrescentar na coligação proporcional. O certo seria manter a coligação proporcional com os partidos PRB, PROS e PSD, em torno do Amaro Neto para o Senado", disse Enivaldo.
Neucimar afirmou que nada foi decidido, e que o PSD ainda está conversando com os partidos para as chapas proporcionais. "Vamos discutir internamente essa insatisfação do Enivaldo com a chapa proporcional", disse.
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