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Pré-candidatos a governo não acreditam que eleição está decidida

Pré-candidatos a governo não acreditam que eleição está decidida

Pesquisa Futura mostrou que ex-governador poderia vencer já no primeiro turno, mas pré-candidatos reforçam que pleito ainda não está definido

Publicado em 17 de julho de 2018 às 17:06

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Casagrande, Rose de Freitas, Foresti, César Colnago. (Amarildo)

Apesar da vantagem do ex-governador Renato Casagrande (PSB) na última pesquisa do Instituto Futura, publicada nesta terça-feira (17) no jornal A Gazeta, os pré-candidatos ao Palácio Anchieta não acreditam que a eleição já esteja definida.

No cenário com o vice-governador César Colnago (PSDB) como candidato do grupo governista, Casagrande aparece com 58,4% das intenções de votos, 45,6 pontos percentuais à frente da segunda colocada, a senadora Rose de Freitas (Podemos), que foi a escolha de 12,8% dos entrevistados.

O próprio ex-governador acredita que até o início da campanha eleitoral, no próximo dia 16 de agosto, este cenário pode mudar. Ele se diz contente com o resultado e coloca seu desempenho no governo entre 2011 e 2014 como o principal fator para ter sido lembrado pelos entrevistados.

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Meu sentimento é de total gratidão, mostra que as pessoas reconhecem o bom trabalho que fizemos no governo. Ainda é muito cedo. Sequer apresentei minha proposta. Estamos ainda no início do processo. Vamos continuar tentando consolidar nossa candidatura e resgatar esse diálogo com os capixabas

Renato Casagrande (PSB) - Pré-candidato ao governo do Estado
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A senadora Rose de Freitas disse que já esperava que o resultado da pesquisa colocasse Casagrande na sua frente. Ela argumenta que boa parte dos eleitores ainda não a conhece como pré-candidata ao governo, enquanto que o ex-governador tem usado melhor o seu tempo para se viabilizar, percorrendo os municípios e participando de agendas no Estado.

"Reconheço que ele (Casagrande) está há três anos e meio fazendo pré-campanha, enquanto eu ainda não sou vista como candidata ao governo por 80% dos capixabas. Eu preciso me apresentar e me sinto preparada para fazer isso agora, com o Senado entrando em recesso. Acho que o resultado é bom e que podemos somar mais pontos, quando chegarmos a todos eleitores", aponta Rose. 

O tenente-coronel da Polícia Militar Carlos Alberto Foresti (PSL) também comemorou o resultado, principalmente por estar à frente do atual vice-governador César Colnago (PSDB). Ele considera que, por "ser político há somente um mês", não ter que largar do zero já representa uma vantagem.

"O resultado foi acima da nossa expectativa. Ficamos à frente do provável candidato governista, que é o vice-governador, e vejo uma possibilidade grande de crescimento. Sou novo na política e os eleitores estão conhecendo meu nome agora", avalia Foresti.

O advogado André Moreira (PSOL) registrou 1,5% da preferência do eleitorado, resultado que não considerou ruim. Ele chamou a atenção para o seu baixo índice de rejeição (12,3%), principalmente por conta do "acirramento entre direita e esquerda no Brasil". O governador Paulo Hartung (MDB) e a senadora Rose foram apontados como os mais rejeitados, com 24,6% e 20,6% das intenções de votos, respectivamente.

"Para mim, o resultado é ótimo. Tivemos pouca rejeição, em um cenário em que a disputa entre a esquerda e a direita é muito grande. A nossa proposta é dialogar com as pessoas, sem levantar bandeiras fáceis, que talvez seja até o que elas querem ouvir, como dizer que vamos aumentar tempo de prisão ou liberar armas. Queremos aprofundar a discussão e mostrar no que acreditamos", conta Moreira.

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O vice-governador César Colnago foi procurado pela reportagem, mas não foi localizado.

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