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PF faz operação contra grupo que clona celulares de políticos

PF faz operação contra grupo que clona celulares de políticos

Golpistas solicitavam transferências bancárias de pessoas que constavam na listas de contato do telefone

Publicado em 17 de julho de 2018 às 14:59

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-. (Webster2703/Pixabay)

A Polícia Federal (PF) faz uma operação nesta terça-feira, dia 17, para desarticular um grupo que clonava números de telefone para aplicar golpes por meio do WhatsApp. Agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nos estados do Maranhão e do Mato Grosso do Sul, expedidos pela Justiça Federal em Brasília.

Segundo a PF, os criminosos se apossavam das contas de WhatsApp de autoridades públicas. A partir daí, se passavam por elas e solicitavam transferências bancárias de pessoas que constavam de suas listas de contato.

A operação da PF— batizada de Swindle, que significa fraude, em inglês — é para desmontar o esquema em que os golpistas abriam até contas bancárias falsas ou utilizavam contas "emprestadas” para receber valores provenientes dos golpes.

Desde 2016, diversos de parlamentares de Brasília tiveram seus aplicativos de mensagens clonados. Segundo especialistas em segurança digital, o problema, no entanto, não está no app, mas na fragilidade dos aparelhos celulares.

Após a clonagem, os golpistas perguntavam em que banco o amigo da vítima tinha conta, solicitando o envio de pagamentos com a promessa de reembolso no dia seguinte.

O ministro Carlos Marun (MDB-MS), da Secretaria de Governo, foi vítima do golpe em 2017, quando ainda era deputado federal. Ele disse ter ficado seis meses sem usar o WhatsApp.Em março deste ano, a Polícia Legislativa do Congresso chegou a emitir um comunicado a todos os deputados federais e senadores, recomendando que instalassem a verificação por senha e e-mail no aplicativo, o que dificultaria a invasão de criminosos virtuais.

Em março deste ano, o então ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra (MDB), também foi alvo da fraude. No dia 14 daquele mês, um golpista passou a pedir dinheiro aos seus amigos durante cerca de 40 minutos. Ao menos R$ 6 mil teriam sido roubados de contatos dele.

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Os investigados pela PF responderão pelos crimes de invasão de dispositivo informático, estelionato e associação criminosa.

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