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Petrobras avança 5% e leva Bolsa a fechar acima dos 108 mil pontos

Petrobras avança 5% e leva Bolsa a fechar acima dos 108 mil pontos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibovespa subiu 1,81% nesta segunda-feira (8), chegando assim aos 108.402 pontos.

Publicado em 8 de agosto de 2022 às 14:49- Atualizado há 2 anos

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Ibovespa subiu 1,81% nesta segunda-feira (8), chegando assim aos 108.402 pontos. É a maior pontuação para um fechamento do índice de referência da Bolsa de Valores desde 7 de junho.

Parte importante da alta da Bolsa é reflexo da disparada de 5,05% das ações preferenciais da Petrobras, cujos papéis foram os mais negociados nesta sessão.

Além da manutenção do impacto positiva no mercado do recente pagamento de quase R$ 88 bilhões em dividendos, a assinatura de um contrato com uma companhia estatal boliviana para garantir o abastecimento de gás ao mercado interno animou investidores, segundo Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos.

"A Petrobras celebrou um novo aditivo ao contrato de compra de gás natural com a YPFB ( Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), trazendo mais previsibilidade ao fornecimento de gás ao mercado local", comentou Alves.

Também favoreceu o ganho da Petrobras a alta do petróleo no mercado internacional. O preço de referência da matéria-prima bruta tinha alta de 1,30% no início da noite, com o barril do Brent negociado a US$ 96,15 (R$ 492,68).

Ações de empresas com maior potencial de crescimento ainda reforçaram a alta da Bolsa. Existe entre investidores a expectativa de que a ata da mais recente reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, a ser divulgada nesta terça-feira (9), confirme que o ciclo de elevação dos juros no Brasil está chegando ao fim.

"As taxas de juros no longo prazo continuam caindo e isso tem dado um alívio nas empresas de crescimento que sofreram bastante no primeiro semestre com as taxas de juros subindo. Agora, estão tendo um movimento de recuperação por conta disso", comentou Jennie Li, estrategista de ações da XP.

DÓLAR CAI A 5,11 E TEM MENOR COTAÇÃO DESDE JUNHO

No câmbio, dólar caiu pela terceira vez frente ao real, continuando o movimento de depreciação visto na semana passada.

Ao recuar 1,06% nesta segunda, o dólar comercial fechou cotado a R$ 5,1130 na venda. É o menor valor desde o encerramento do pregão de 15 de junho, quando a divisa valia R$ 5,029.

No mercado de ações de Nova York, o indicador S&P 500, parâmetro para a Bolsa, caiu 0,12%. O mercado de tecnologia Nasdaq cedeu 0,10%. O índice Dow Jones, que possui empresas de grande valor, avançou 0,09%.

Para Jennie Li, da XP, a principal expectativa dos mercados nesta semana é a divulgação da inflação ao consumidor americano, na quarta-feira (10).

"O consenso é uma desaceleração na inflação cheia, e talvez uma aceleração na inflação núcleo, que retira os itens mais voláteis como alimentos e energia", disse.

Na semana passada, o governo dos Estados Unidos surpreendeu o mercado ao divulgar dados sobre a criação de vagas de trabalho que superaram as expectativas para julho.

Isso indicou que a economia americana não estava em recessão, apesar de duas quedas trimestrais consecutivas do PIB (Produto Interno Bruto).

Investidores voltaram a considerar, portanto, que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) manterá um nível semelhante de aumento da sua taxa de juros das duas últimas reuniões, de 0,75 ponto percentual.

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Novos dados sobre a inflação americana nesta semana podem dar pistas se o Fed manterá ou não o ritmo do aperto monetário.

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