O patrimônio do senador Aécio Neves (PSDB-MG) aumentou 144% em quatro anos. Em 2014, quando concorreu à Presidência, Aécio declarou R$2.503.521,81 ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesta quarta-feira, ao inscrever sua candidatura de deputado federal, ele afirmou ter R$6.152.994,66 em bens um crescimento de R$ 3,6 milhões.
A maior parte do patrimônio (R$ 4,5 milhões) é de "quotas ou quinhões de capital". Aécio também tem R$959.594,23 em uma aplicação de renda fixa. Dois apartamento e dois terrenos somam R$ 435.205,35.
O tucano vem aumentando seu patrimônio desde, pelo menos, 2010, quando foi eleito senador. Naquele ano, Aécio declarou R$617.938,42 ou seja, seus bens aumentaram em 305% em quatro anos. Entre 2006 e 2010, no entanto, houve uma queda, de R$ 213 mil.
Réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de alvo de sete inquéritos, Aécio desistiu de tentar a reeleição como senador e preferiu disputar um mandato de deputado federal.
A assessoria do senador disse, em nota, que "os bens declarados em 2014 e 2018 são os mesmos" e que "a diferença entre a declaração de 2014 e 2018 corresponde basicamente a crédito futuro a receber de R$ 3,7 milhões correspondentes à venda de quotas de emissora de rádio". A venda teria sido "realizada com pagamentos mensais e esse valor será recebido ao longo dos anos".
Na nota diz-se ainda que "não houve crescimento de patrimônio, mas valorização de patrimônio pré-existente" e que "o contato feito com delator Joesley Batista referia se a um empréstimo para pagamento à vista de honorários advocatícios, valor que o senador não dispunha".
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