A assistente social Antônia Marques, 51, caminhava no início da tarde desta terça-feira (3), em meio ao alagamento de uma avenida em Guarujá (86 km de SP), para buscar água potável e notícias de conhecidos que sumiram durante o temporal que provocou o deslizamento de parte do morro do Macaco Molhado -as chuvas no litoral sul paulista provocaram a morte de 12 pessoas e outras 45 estão desaparecidas.
Antônia afirmou que sua casa, que fica no morro, foi invadida por água até a altura da cintura, por volta das 2h desta terça-feira. "Só tive tempo de salvar mantimentos. O restante de minhas coisas, perdi tudo", disse.
Ela acrescentou que conhecia uma das pessoas desaparecidas. Seu amigo, o professor de capoeira Rafael Rodrigues, idade não informada, sumiu no meio do barro e de escombros quando tentava ajudar a retirar pessoas soterradas no local, segundo Antônia. "Até agora não acharam ele. Isso é uma tragédia", afirmou.
A filha da assistente social, a recepcionista Tainá da Silva, 27, afirmou conhecer duas vítimas que morreram soterradas.
"Acharam o corpo da Tatiana [amiga dela] e do filhinho dela, 1 ano, agora pela manhã", afirmou, sem saber informar o sobrenome e a idade da conhecida.
Na tarde desta terça, 23 voluntários ajudavam bombeiros com três baldes de 20 litros cada, que eram passados de mão em mão, para retirada de lama do morro.
Um funcionário da Defesa Civil afirmou que técnicos encontraram, durante sobrevoo, uma cratera no morro. Segundo ele, há novo risco de desabamento.
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