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Indecisos no ES: eles ainda não sabem em quem votar para presidente

Indecisos no ES: eles ainda não sabem em quem votar para presidente

Capixabas avaliam propostas dos candidatos e querem decidir até o pleito, no dia 7 de outubro

Publicado em 17 de setembro de 2018 às 19:29

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Geceara Miranda cobra propostas para resolver problemas no serviço básico de saúde. (Viviane Machado)

Mesmo a 20 dias das eleições, muitos eleitores ainda não sabem em quem votar para presidente da República. É o caso da farmacêutica Geceara Silva Miranda, de 31 anos. Moradora de Vila Velha, ela contou que a dúvida surgiu porque as propostas dos candidatos ainda não tratam a raiz dos problemas.

"Nenhum deles está tentando buscar tratar a base dos problemas. Falta estrutura na saúde pública, na educação. Eles acham que conseguem resolver de maneira pontual e imediata, mas ao meu ver não trataria a base do problema. São propostas simplistas demais", disse.

A farmacêutica contou ainda que tem acompanhado os debates e também as redes sociais para se informar sobre os candidatos. "Eles entenderam que as redes sociais são um instrumento de comunicação muito valioso e têm usado bastante", completou.

A esteticista Cristiane Barbosa, de 38 anos, também está indecisa porque ainda não se identificou com as propostas dos candidatos. "Eu quero ver quem tem uma proposta de governo de melhora para o nosso país, em saúde, de educação. O Brasil precisa melhorar e os candidatos estão preocupados com coisas que não vêm ao caso, como armamento, casamento homossexual, e para mim não tem nada a ver", pontuou.

DEMOCRACIA

Quem também tem dúvidas sobre em quem votar é a estudante Ornella Scardua Ferreira, de 28 anos. "Na verdade, penso que tenho que ter a certeza em votar num candidato que respeite a democracia principalmente no tocante à igualdade. Porque, dessa forma, todos seriam tratados da mesma maneira", falou.

Ela também acompanha todos os candidatos e que algumas políticas sociais a direcionam para a escolha de alguns candidatos. "Talvez pelo caos, sobretudo político, no qual o país se afundou, essa tem sido a eleição em que mais tenho analisado suas propostas."

Por causa das discussões mais acaloradas nas redes sociais, Ornella conta que prefere se orientar por jornais digitais, debates e até nas propagandas eleitorais. "As redes sociais têm se transformado numa espécie de palanque digital dos candidatos à política, e é uma forma de me informar, porém, atualmente costuma ser um ambiente (muito) hostil e disseminado pelas fake news", disse.

Gabriel Neto disse que vai decidir por quem tiver melhores propostas sociais. (Viviane Machado)

O designer de joias Gabriel Neto, de 25 anos, ainda não escolheu seu candidato, porque está avaliando alguns aspectos que considera essencial em um candidato, como as propostas, a ideologia que defende e o histórico de vida.

"Eu voto pelo social, pelas propostas que eles apresentam, pelo caráter do candidato que vou escolher, pelo que já foi feito. Esse ano realmente está difícil, tenho um candidato que estou mais próximo de escolher, mas ainda avalio outras possibilidades”, disse.

Apesar da indecisão, nenhum dos eleitores ouvidos pela reportagem pretende anular o voto.

DECISÃO FEMININA

Para a cientista política Maria do Socorro Braga, essa indecisão tem várias causas, como a oferta de candidatos, insatisfação com a classe política e o tempo curto de campanha. "Comparado com outros pleitos, a taxa de indecisos dessa eleição está superior. O interessante é que maior parte dessa indecisão é feminina."

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O voto feminino pode ser decisivo, segundo a cientista. "Tem uma alta de rejeição alguns candidatos. O voto feminino pode hoje barrar alguns candidatos no segundo turno. Soma-se a rejeição e a taxa de dúvidas acaba criando uma eleição com resultado muito imprevisível."

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