Enquanto a base governista, que inclui o PSDB, está à beira do esfacelamento, frente à indefinição sobre qual nome disputaria o Palácio Anchieta após a decisão do governador Paulo Hartung (MDB) de não tentar a reeleição, o ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) entrou no circuito. Mas não para manter as tratativas do partido com o bloco palaciano.
O tucano ligou nesta terça-feira (17) para o ex-governador Renato Casagrande (PSB), pré-candidato ao governo do Estado e que seria o principal adversário de Hartung nas urnas. Quem relata o contato do presidenciável é o próprio socialista. "Ele fez uma ligação para dizer que está torcendo para que haja ambiente para conversas no Estado entre PSB e PSDB", conta Casagrande.
APOIO
A coluna "Painel", da "Folha de S. Paulo", chegou a registrar que Alckmin sinalizou apoiar Casagrande, que é secretário-geral do PSB nacional, no Espírito Santo em troca da neutralidade do PSB no cenário nacional. Hoje a sigla tem essa opção no horizonte, mas também pende para apoiar Ciro Gomes (PDT) à Presidência da República.
Sobre o mencionado apoio de Alckmin, no entanto, Casagrande diz que não houve conversas nesse sentido. "Não teve nenhuma oferta dele nem pedido nosso", afirmou.
Quanto aos contatos entre PSB e PSDB no Estado, o ex-governador diz que eles podem ocorrer, mas não há nada marcado.
Casagrande está em Brasília e teve nesta terça uma conversa com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. O diretório nacional da legenda deve se reunir no próximo dia 30. A convenção partidária será somente no último dia do prazo, em 5 de agosto.
MOVIMENTAÇÕES TUCANAS
O PSDB poderia se lançar como cabeça de chapa na disputa pelo governo do Estado, pelo grupo governista, com o senador Ricardo Ferraço, que já descartou a ideia e reafirmou sua pré-candidatura ao Senado. Outro tucano que havia se colocado à disposição para a corrida pelo Executivo é o vice-governador César Colnago. Até a noite desta segunda-feira (16), o nome dele ainda era dúvida dentro do bloco de dez partidos que busca um substituto para Hartung.
O vice, em dado momento, chegou até a ser considerado carta fora do baralho por alguns integrantes do grupo. Mas as conversas prosseguem nesta terça. Além de Colnago, outro nome posto é o do empresário e professor da Fucape Aridelmo Teixeira (PTB). O deputado estadual Amaro Neto (PRB), que era uma opção do grupo, também já definiu que não vai disputar o governo.
A mais recente pesquisa do Instituto Futura mostra que Casagrande pode vencer já no primeiro turno, com 58,4% das intenções de voto. Já Colnago tem 4%, ficando em quarto lugar.
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