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FHC vota em SP: 'Risco à democracia é se nós desistirmos dela'

FHC vota em SP: "Risco à democracia é se nós desistirmos dela"

"Temos que manter firme a nossa crença na liberdade e na nossa capacidade de avançar e resolver os problemas concretos do país", disse o tucano

Publicado em 28 de outubro de 2018 às 19:22

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse neste domingo (28) que só haverá risco à democracia em um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL) se a população desistir de lutar por ela. Ele lembrou que a Constituição deve ser respeitada e que qualquer mudança só será válida se realizada "dentro da regra", isto é, respeitando-se a Carta.

"O risco à democracia é se nós desistirmos dela. Eu não vou desistir", afirmou o ex-presidente logo depois de votar no Colégio Sion, em Higienópolis, zona nobre de São Paulo.

Fernando Henrique Cardoso. (Reprodução/Google Images)

Lembrando já ter vivenciado períodos autoritários no Brasil, numa referência à ditadura militar (1964-1985), o tucano disse achar que "não vivemos situação semelhante" e lembrou que deve ser respeitada "a maioria, ganhe quem ganhar".

"Temos que manter firme a nossa crença na liberdade e na nossa capacidade de avançar e resolver os problemas concretos do país", disse o tucano.

FHC defendeu que o próximo presidente coloque "em ordem o orçamento" e que propicie a volta do investimento, emprego e renda, além de condições de segurança para as famílias.

Fernando Henrique disse ainda que torce pela abertura de "um novo ciclo", independentemente do resultado da eleição.

"O importante agora é torcer para o Brasil ir bem. Ganhe quem ganhar, nós temos que respeitar a Constituição, temos que resolver os problemas fundamentais do povo, que quer emprego, renda. Temos que voltar a ter austeridade, terminar a roubalheira, que foi muito grande", afirmou o ex-presidente.

FHC não declara o voto

O tucano não quis declarar seu voto para presidente, deixando em aberto as hipóteses de voto em nulo, branco ou Fernando Haddad (PT).

"O voto é secreto. Já expliquei, já dei minha opinião várias vezes. Disse em quem eu não votaria. Já basta", lembrou, numa referência à sua decisão de não votar em Bolsonaro, anunciada nas últimas semanas em seus perfils nas redes sociais.

Após deixar a sessão eleitoral, FHC foi perguntado sobre qual foi o seu voto na disputa estadual. Ele encerrou a entrevista, preferindo não defender o voto em Doria.

"Sou presidente de honra de um partido, não tenho vivência prática no partido. Mas, como presidente de honra, geralmente mantenho minhas lealdades", disse o tucano.

Dois dias após o primeiro turno, o candidato derrotado do PSDB ao governo federal e presidente nacional do partido, Geraldo Alckmin, criticou Doria durante uma reunião da executiva nacional da sigla . Na ocasião, ele insinuou que o tucano teria sido desleal, interrompendo-o duas vezes durante o encontro:

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"Traidor eu não sou", disse Alckmin.

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