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Carlos posta vídeo que acusa Witzel de 'forjar provas'em caso Marielle

Carlos posta vídeo que acusa Witzel de "forjar provas"em caso Marielle

Otoni de Paula diz no vídeo que as provas "forjadas" no caso Marielle Franco (PSOL) seriam conversas entre milicianos do Rio.  A participação de grupos milícias no assassinato está entre as linhas de investigação

Publicado em 14 de dezembro de 2019 às 17:18

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Marielle Franco e Carlos Bolsonaro. (Reprodução)

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, compartilhou em sua conta no Twitter, na noite de sexta-feira (13) um vídeo que acusa o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), de usar a Polícia Civil para envolver a família Bolsonaro no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista, Anderson Gomes, mortos em atentado ocorrido em março de 2018.

No vídeo compartilhado por Carlos, publicado originalmente no YouTube no canal "Folha do Brasil", o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), apoiador da família Bolsonaro, faz um discurso de cerca de 20 minutos com acusações. "O governo do Wilson Witzel está colocando, isso a gente já sabe e estou denunciando isso há muito tempo, a máquina do Estado para forjar provas que envolvam a família do presidente no caso Marielle", diz o deputado num trecho do vídeo.

Otoni de Paula diz no vídeo que as provas "forjadas" seriam conversas entre milicianos do Rio - a participação de grupos de milícia no assassinato de Marielle está entre as linhas de investigação. O deputado federal aparece no vídeo dizendo que as conversas são "armadas" para "incriminar a família do presidente" e "o próprio presidente da República".

"Só que, na verdade, não tem conversa nenhuma. A conversa é totalmente montada", diz Otoni de Paula no vídeo. Ele ainda afirma que recebeu a informação de uma "fonte muito séria", mas não menciona nomes. Conforme Otoni de Paula, "pode ser que eles estejam preparando uma matéria, igual àquela do porteiro, para o 'Jornal Nacional' ou para o 'Fantástico'", que seria veiculada neste fim de semana.

A "matéria do porteiro", veiculada no Jornal Nacional, da TV Globo, no fim de outubro, revelou o depoimento de um porteiro do condomínio de casas onde o presidente Bolsonaro mantém residência e morava antes de assumir o cargo, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Segundo o depoimento, um dos envolvidos no assassinato de Marielle teria dado o nome do presidente ao entrar no condomínio no mesmo dia do crime. Preso sob acusação de matar a vereadora e seu motorista, o ex-agente da Polícia Militar (PM) do Rio Ronnie Lessa morava no mesmo condomínio.

Após a revelação do depoimento do porteiro, o presidente Bolsonaro acusou Witzel de participação no vazamento da informação. O governador refutou a acusação na ocasião. Procurado neste sábado (14) para comentar as novas acusações do vídeo compartilhado pelo vereador Carlos Bolsonaro, o governo do Estado do Rio ainda não se manifestou.

Ainda no vídeo, Otoni de Paula afirma que a mesma fonte passou a informação sobre as supostas conversas entre milicianos para a família Bolsonaro. Na manhã de sexta-feira (13) o presidente Bolsonaro voltou a tratar de investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle, sem ser questionado sobre o assunto.

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"No caso Marielle, outras acusações virão. Armações, vocês sabem de quem", disse Bolsonaro, sem especificar quem seria o autor das armações. "Mas a gente tem um compromisso: mudar o destino do Brasil", completou o presidente, que fez as declarações a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada.

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