O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, rebateu nesta segunda-feira (17) as críticas feitas pelo líder nas pesquisas de intenção de voto para presidente, Jair Bolsonaro (PSL), às urnas eletrônicas. Questionado se é preocupante alguém que tem um quarto da preferência do eleitorado colocar em dúvida o sistema de votação, Toffoli, que também já foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi breve e respondeu:
"Ele sempre foi eleito pela urna eletrônica", disse Toffoli, em entrevistas a repórteres especializados na cobertura da Corte.
Em outro momento, o ministro defendeu a segurança das urnas. Destacou também que, este ano, a eleição terá observadores internacionais da Organização dos Estados Americanos (OEA) "para acabar com determinadas lendas".
"As urnas são totalmente confiáveis. São auditáveis para os partidos, Ministério Público e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)", disse.
Toffoli comparou quem acredita em fraudes nas urnas eletrônicas a quem crê num dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro: "Tem gente que acredita em saci pererê".
O ministro lembrou ainda a auditoria pedida pelo PSDB depois da derrota de seu candidato a presidente em 2014, o senador mineiro Aécio Neves. Na ocasião, não foi observado nenhum problema.
HOMICÍDIOS
Toffoli afirmou nesta segunda-feira que o Brasil vive uma epidemia de homicídios e criticou a impunidade nesse tipo de crime. Segundo ele, há vários culpados por essa "vergonha", entre eles a polícia, o Ministério Público e o próprio Judiciário.
"É uma vergonha a impunidade. É uma falha que vem da prevenção, da investigação, da acusação no Ministério Público, e da burocratização quando chega ao Judiciário", disse Toffoli, defendendo a desburocratização do tribunal do júri.
O novo presidente do STF rechaçou ainda as críticas de que a Corte estaria atrapalhando as investigações da Operação Lava Jato.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta