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Bolsonaro ataca PT por economia e Haddad destaca 'grave denúncia'

Bolsonaro ataca PT por economia e Haddad destaca 'grave denúncia'

Petista pediu providências sobre suposto esquema de empresários, e militar ressaltou estar preparado para governar

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 12:18

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Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. (Reprodução/TV Globo)

O candidato à Presidência do PT, Fernando Haddad , levou para o programa eleitoral desta sexta-feira a acusação contra empresários de formarem uma "organização criminosa" para beneficiar a campanha do adversário, Jair Bolsonaro (PSL), por meio de disparos de fake news no WhatsApp . As empresas negam o esquema, revelado em reportagem da "Folha de S. Paulo", e o militar diz "não ter controle" sobre o "apoio voluntário" à sua candidatura. O PT acionou a Justiça e pediu investigação sobre "uso indevido de comunicação digital". Em seu horário eleitoral, o candidato do PSL não citou a polêmica digital: atrelou a sigla rival a "ditaduras de esquerda" e à corrupção, com menções ao ex-ministro petista José Dirceu.

"Grave denúncia pode mudar os rumos dessa eleição", anunciou a campanha petista logo no começo do programa. "Uma organização criminosa de empresários está beneficiando a campanha de Bolsonaro". A equipe de Haddad citou que apenas um dos contratos que teriam sido assinados com empresários somava R$ 12 milhões e informou que vai pedir a detenção desses executivos pelo "crime eleitoral".

"Bolsonaro diz que faz campanha pobre e sustentada por voluntários. São milhões e milhões de reais. Ele foi desmentido hoje (referência à quinta-feira). Ele vai ter que responder por isso. Ele que foge dos debates não vai poder fugir da Justiça" - destacou Haddad, em alusão à decisão do adversário de não comparecer a encontros com ele na imprensa.

Segundo o PT, a campanha de Bolsonaro "se caracteriza por confundir o eleitor", como na propagação da fake news do "kit gay", desmentido mais tarde pela Justiça Eleitoral. A campanha ainda reproduziu áudios em que o rival se diz "favorável à tortura" e homenageia o torturador militar Brilhante Ustra. Haddad prometeu, caso eleito, retomar o emprego, as obras no país e criar um imposto de renda "justo", com isenção para quem ganha até cinco salários-mínimos.

Em seu programa eleitoral, Bolsonaro lembrou que o ex-ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva José Dirceu foi condenado por corrupção tanto no mensalão quanto na Lava-Jato.

"Mesmo com tornozeleira eletrônica, Dirceu ainda dá as cartas no partido. E, para ele, é questão de tempo para o PT tomar o poder. O autoritarismo do PT fica mais evidente quando quer tirar o poder do Ministério Público e enfraquecer a Lava-Jato, a maior investigação contra corrupção do mundo moderno", disse a equipe do militar no rádio.

Segundo o PSL, o eleitor sabe que o Brasil "está quebrado" e que a "herança do PT" causou impacto na vida de todos. O programa atribuiu às gestões da sigla adversária o aumento do desemprego e a entrada de milhões de trabalhadores no mercado informal. Em outro momento, a equipe destaca que os petistas negociaram o comércio exterior com os "amigos" Cuba, Venezuela e Bolívia "e tantas outras ditaduras de esquerda".

A campanha de Bolsonaro ressaltou que "os investidores perderam de vez a confiança" e que a "baderna do PT está sendo paga pelos mais pobres". O economista Paulo Guedes, provável ministro da Fazenda em um eventual governo do militar, destacou o problema de haver tantos ministérios e "faltar dinheiro" para as prioridades no sistema "toma lá dá cá".

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"Estou preparado sim para a questão da economia. Estamos preparados, sim, para conduzir essa nação a um porto seguro", frisou Bolsonaro.

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