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Alckmin diz que não fará campanha com Aécio em Minas

Alckmin diz que não fará campanha com Aécio em Minas

Tucano ataca PT ao dizer que não vai para 'porta de penitenciária idolatrar preso'

Publicado em 4 de setembro de 2018 às 13:49

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O candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin. (Reprodução/Instagem)

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse na manhã desta terça-feira que não fará campanha ao lado do senador Aécio Neves em Minas Gerais. Investigado pela Lava-Jato, Aécio deixou a presidência do partido no ano passado e agora tenta uma vaga na Câmara dos Deputados. Em sabatina promovida pela rádio CBN e pelo portal "G1", o tucano criticou também o PT, ao dizer que não vai para "porta de penitenciária idolatrar preso".

"Não vou estar com Aécio porque não existe palanque", disse Alckmin, que foi questionado se subiria no palanque do mineiro. "Ele vai fazer a campanha dele. Não vou (fazer campanha junto com ele)".

Alckmin lembrou que, embora não fizesse parte da Executiva do PSDB em 2016, foi contra a prorrogação do mandato de Aécio como presidente da sigla. Sua tese foi derrotada por 28 votos a dois. Aécio é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de receber R$ 2 milhões de propina da JBS e de tentar atrapalhar as investigações. Ele nega.

"Vieram as denúncias, o partido tomou todas as medidas, ele (Aécio) saiu da direção do partido. Houve nova eleição, renovamos toda a direção partidária. O que nós vamos fazer é aguardar o julgamento", afirmou Alckmin.

O tucano disse, durante a sabatina, que apoia as investigações da Lava-Jato e fez uma referência às constantes visitas de petistas ao ex-presidente Lula, que está preso na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.

"O que a sociedade espera? (Que) quem errou, seja punido, seja quem for, de que partido for. Não passamos a mão na cabeça de ninguém nem vamos pra porta de penitenciária para idolatrar preso e desmoralizar a Justiça. E, de outro lado, quem for inocente, que seja absolvido".

Quando foi questionado sobre as denúncias de corrupção que envolvem auxiliares seus no governo de São Paulo, Alckmin defendeu o ex-presidente da Dersa Lawrence Casagrande Lourenço e rebateu acusações de que seu cunhado, Adhemar Ribeiro, foi intermediário de repasses de caixa dois para sua campanha em 2010, como afirma a delação da Odebrecht.

"Isso é repetido por delator há um ano sem uma única prova. Minhas campanhas foram modestas e rigorosamente dentro da lei. Há uma tentativa de desclassificar atividade política e dizer que é tudo igual", disse o ex-governador. "Tenho 40 anos de vida pública, moro no mesmo apartamento. Meu salário é só do INPS (INSS), 5 mil reais".

Embora tenha mirado o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, em sua propaganda no TV, Alckmin não citou diretamente o deputado federal na entrevista desta terça-feira. Ao justificar a aliança com o centrão, bloco partidário formado por DEM, PSD, PP, PR e SD, voltou a dizer que não se resolvem os problemas do país "na bala".

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"Brasil não vai mudar no grito, na bala, no berro. Vai mudar com reforma. E para fazer reforma, tem que ter maioria. A maioria das mudanças exige mudanças constitucionais, 308 votos".

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