Coronel Ramalho: matança de policiais precisa ter fim

"Não é justo que policiais fiquem expostos, a ponto de perderem suas vidas para criminosos inescrupulosos", afirma o coronel

Publicado em 03/01/2018 às 19h02
O coronel Alexandre Ramalho é comandante do policiamento ostensivo na Grande Vitória. Crédito: Leonardo Soares
O coronel Alexandre Ramalho é comandante do policiamento ostensivo na Grande Vitória. Crédito: Leonardo Soares

Coronel Alexandre Ofranti Ramalho, Comandante do Comando de Polícia Ostensiva Metropolitana da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES)

Impressiona a invisibilidade social lançada sobre as mortes dos policiais militares no Estado do Rio de Janeiro. No exercício da sua profissão, quer seja de serviço ou de folga, o policial militar representa o Estado, sempre imbuído da mais nobre e digna missão de servir e proteger os cidadãos de bem, mesmo com o risco da própria vida.

A continuidade dessas mortes é muito pior do que a crise ética, moral e financeira que atravessa o Rio de Janeiro. Elas representam a total falência do Estado em dignificar e honrar seus policiais militares, bem como dar proteção às pessoas. Ora, se não consegue manter vivo aquele que defende a sociedade, como vai proteger seu povo?

Por isso, essas mortes exibidas repetidas vezes nos mais diversos meios de comunicação, sem causar consternação, precisam ser desmistificadas do imaginário social como algo normal.

As mortes violentas, torpes, prematuras e covardes desses policiais militares necessitam ter fim. Isso não pode ser interpretado como algo habitual de uma profissão de risco.

A sociedade brasileira bem como as diversas entidades representativas do Estado Democrático de Direito não podem assistir inertes à contabilidade anual de perdas desses agentes da lei. Algo urgente precisa ser feito na estrutura penal e legislativa do nosso país para que essas matanças sejam contidas.

A Polícia Militar possui uma extensa carta de bons serviços prestados diariamente à sociedade brasileira. Não é justo que seus profissionais fiquem expostos, a ponto de perderem suas vidas para criminosos inescrupulosos que, sob o manto da injustiça social, continuam ceifando vidas de homens e mulheres lançados diariamente para a proteção das comunidades.

O refrão do Hino da Polícia Militar do Rio de Janeiro nos ensina: “Ser policial é, sobretudo uma razão de ser, é enfrentar a morte, mostrar-se um forte no que acontecer”. Solidariedade, respeito, reconhecimento e gratidão. Lancemos luz a esta questão.

 

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