No momento em que todo mundo precisou ficar em casa e modificar as formas de trabalhar, os profissionais da saúde tiveram de assumir a linha de frente e colocar o trabalho em prática contra um novo inimigo, mesmo com risco de contaminação, jornadas excessivas de plantão, afastamento da família e demais transtornos causados pela pandemia.
A nova realidade trouxe maior percepção do papel desses trabalhadores, conforme destaca o coordenador do curso de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o médico Doglas Gobbi Marchesi.
E para o mercado de trabalho, o que será exigido? É fundamental, ainda de acordo com Marchesi, que quem está iniciando na área esteja sempre atualizado sobre as novas demandas e novidades da profissão.
Entretanto, mesmo que o profissional faça sua parte, o maior desafio para o futuro, no contexto social, será fazer toda a sociedade entender a importância da ciência, o respeito à metodologia científica e o tempo necessário para comprovação de teorias e tratamentos, explica.
Outra área da saúde de grande relevo na pandemia foi a biomedicina. Professora do curso de Biomedicina do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Carine Coneglian de Farias Colman afirma que, além da valorização do trabalho do profissional de saúde, a pandemia também trouxe maior entendimento à população sobre a importância do conhecimento da área.
Por sua grande abrangência no mercado, o curso de Biomedicina tem despertado o interesse de estudantes. Com a pandemia, houve maior destaque da profissão, devido à importante atuação do biomédico na pesquisa, como no auxílio da identificação do vírus, produção de vacina, entre outros, e também no diagnóstico laboratorial. Por isso, tende a crescer muito ainda a busca por esse curso, completa Carine.
O leque de atuação para a categoria é extenso e, de acordo com o presidente do Conselho Federal de Biomedicina, Dr. Silvio José Cecchi, a formação complexa e minuciosa, que compreende todo o corpo humano e seus fatores externos, possibilita que o profissional possa atuar além da análise clínico-laboratorial, estendendo-se a exames de imagens, banco de sangue, acupuntura, biologia molecular, citologia, genética, perfusão extracorpórea, bioindústria, perícia criminal, estética, entre outras áreas.
Curso de graduação em Enfermagem: além de atuarem nos hospitais, um dos setores que contratam enfermeiros é o de home care. Os serviços de atendimento domiciliar para pacientes crescem em todo o país. Levantamento do Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (Nead) aponta que o número de empresas que oferecem o serviço de home care vem aumentando, e o faturamento do setor já ultrapassa os R$ 10 bilhões.
Formação clássica: são seis anos de formação em horário integral, acrescido dos estágios obrigatórios e do período de residência médica. São mais de 50 especialidades médicas.
As possibilidades de carreira estão em vários campos e se concentram nas áreas de análise clínica, pesquisa e docência, estudos genéticos e reprodução humana. Também é possível trabalhar no setor de análises alimentícias e ambientais, entre outros. Ganhando cada vez mais terreno no campo da saúde, a Biomedicina é uma das profissões do futuro. Ela é voltada para a análise de exames laboratoriais e identificação de agentes causadores de doenças, além da contribuição para a área de pesquisa e desenvolvimento de novos tratamentos.
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